Eflúvio telógeno é uma perda capilar difusa e transitória que ocorre de 2 a 4 meses após um choque físico ou hormonal (estresse, febre, pós-parto, cirurgias, dietas, COVID-19, medicamentos). O folículo não é destruído e o cabelo geralmente volta a crescer quando o gatilho é corrigido. Não é o mesmo que alopecia permanente.
O que é eflúvio telógeno?
É um aumento repentino de fios que entram na fase telógena (repouso) e caem. Ocorre quando o corpo passa por um evento estressante que “sincroniza” o ciclo capilar. O resultado: queda perceptível ao pentear ou lavar o cabelo, sem áreas calvas definidas. O folículo ainda está vivo e continua a produzir novos fios.
Principais diferenças com a “alopecia” permanente
- Eflúvio telógeno (ET): queda difusa, início 2–4 meses após o gatilho, couro cabeludo com poros visíveise cabelos em crescimento; reversível.
- Alopecia androgenética (AAG): Afinamento padrão progressivo e típico (recuo da linha capilar/coroa em homens, alargamento da parte superior do couro cabeludo em mulheres). Responde ao tratamento contínuo.
- Alopecia cicatricial: inflamação que destrói o folículo e deixa manchas lisas e brilhantes; requer diagnóstico e tratamento precoces.Se você vir fios de cabelo no chuveiro, mas seu couro cabeludo ainda tiver poros e novos fios estiverem aparecendo, considere o eflúvio telógeno. Se a área for lisa e sem poros, procure atendimento médico urgente para alopecia cicatricial.
Causas mais comuns de eflúvio telógeno
- Pós-parto devido à queda do estrogênio. Geralmente se resolve no primeiro ano.
- Febre, infecções e COVID-19, cirurgias, anestesia, trauma.
- Estresse psicológico intenso, perda rápida de peso e dietas restritivas.
- Déficits (de ferro, vitamina D, B12) e deficiências da tireoide.
- Medicamentos e alterações hormonais, incluindo a retirada de anticoncepcionais.
Sintomas: Como se apresenta
- Queda difusa: mais fios no travesseiro, no chuveiro e na escova. É normal perder de 50 a 100 fios por dia; na ET, claramente mais.
- Início tardio: 8–12 semanas após o gatilho.
- “Cabelos de bebê” ou pelos curtos que crescem após a fase de queda.
- Sem placas definidas nem coceira intensa como regra geral.
Quanto tempo dura o eflúvio telógeno?
Aquedaaguda geralmente dura até 6 meses a partir do início da queda, com recuperação visível nos meses seguintes. Se persistir por >6 meses, é considerada crônica e as causas associadas ou gatilhos persistentes devem ser investigados.
Diagnóstico em D'Atri: simples e preciso
- História dirigida: 3 a 6 meses de busca anterior gatilhos (doenças, partos, cirurgias, dietas, estresse, medicamentos).
- Exame + tricoscopia: contagem crescente de fios de cabelo, variação mínima no diâmetro em comparação com a idade gestacional.
- Exames adicionais de acordo com a clínica: ferro, ferritina, vitamina D, B12, TSH, entre outros.
- O teste de tração de cabelo pode ser positivo durante a fase ativa, embora sua sensibilidade seja limitada; O teste de lavagem e a tricoscopia auxiliam no acompanhamento.
Tratamento: O que fazer e o que evitar
1) Corrigir o gatilho
Repor os déficits, ajustar a medicação, melhorar o repouso e o controle do estresse, normalizar a nutrição e o peso. Este é o ponto de maior impacto.
2) Acompanhar o ciclo de recrescimento
- Minoxidil tópico 2–5% pode encurtar a fase de queda e acelerar a renovação em alguns pacientes. Particularmente útil se a queda de cabelo afetar a qualidade de vida.
- Minoxidil oral em baixa dose: Uma alternativa em casos selecionados e sob supervisão médica; as evidências estão surgindo e seu uso é off-label. O risco/benefício individual é avaliado.
- Cuidados com o Caule: Reduza o calor e produtos químicos agressivos, modele com baixa tensão.
- Educação: A ET geralmente se resolve sozinha quando a causa é corrigida. Evite tratamentos invasivos desnecessários.
3) O que não recomendamos como primeira linha
PRP, corticosteroides sistêmicos ou “megadoses” de suplementos sem deficiência comprovada. Em ET sem cicatrizes, o foco é tempo + correção de gatilho.
Eflúvio pós-parto e pós-COVID: o que esperar
- Pós-parto: Descamação 3–4 meses após o nascimento; geralmente se normaliza por volta do primeiro aniversário. Evite tração, garanta repouso e procure atendimento médico se persistir por mais de 12 meses.
- Pós-COVID: TE difusa é comum após infecção; a maioria recupera a densidade ao longo do tempo com manejo conservador.
Prevenção e hábitos
- Dieta completa e controles laboratoriais se houver suspeita de deficiência.
- Gerenciamento do estresse e do sono.
- Evite dietas extremas e perda repentina de peso.
- Reduza o calor e produtos químicos e alterne os penteados sem tensão.
Perguntas frequentes sobre eflúvio telógeno
Tratamentos capilares na D'Atri Medicina Capilar
Na D’Atri Medicina Capilar, avaliamos as causas e gatilhos, realizamos tricoscopia e solicitamos consulta médica orientada quando apropriado. Oferecemos um plano claro para interromper a descamação, reduzir o tempo de recuperação e descartar patologias que exijam outra abordagem. Se a AAG coexistir, adicionamos um tratamento específico para proteger e engrossar a pele.
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